Descrição
“A missão da imprensa é documento incontornável para reconstituir a história do jornalismo brasileiro”, afirma Mário Magalhães, que prepara a mais importante biografia de Carlos Lacerda.
Escrito, em 1949, para se lido em conferências e publicado em livro em 1950, o texto é contemporâneo de um momento decisivo na vida do jornalista Carlos Lacerda, que criara uma sociedade para o lançamento da Tribuna da Imprensa, da qual seria diretor nas décadas seguintes. Como relata Mário Magalhães no prefácio do livro, Lacerda se iniciou no jornalismo pelas mãos de Cecília Meirelles e fez de tudo na profissão: foi repórter, redator, editor, cronista, articulista, crítico literário, ilustrador, correspondente internacional, secretário e diretor de redação — e era um obsessivo pela inovação na imprensa.
Citando uma pletora de autores estrangeiros e brasileiros que escreveram sobre o jornalismo — tendo como referência principal Rui Barbosa e o seu A imprensa e o dever da verdade, também reeditado pela casa matinas —, o político e homem de imprensa chega à formulação da sua própria definição do que é o jornalismo: “De certo modo, ele é a arte de simplificar a complexidade dos fatos e das opiniões, tornando-os acessíveis à compreensão de um número apreciável de pessoas, fixando-os num momento da sua trajetória, o que confere certa permanência à sua transitoriedade. E assim, na imobilidade de um momento, neles encontra a marca da eternidade”.
Lacerda, que viria a fundar a Nova Fronteira, uma das grandes casas editoriais do país, diz que sua vida estava ligada direta ou indiretamente ao jornalismo (“quando não fui jornalista fui desempregado”); cita Thomas Jefferson (“se tivesse de decidir se devíamos ter um governo sem jornais ou jornais sem governo, eu nem por um momento hesitaria em preferir estes últimos”) e Balzac (“se a imprensa não existisse seria preciso não inventá-la”) e termina dizendo que um jornal é a mais bela obra de uma vida.
AUTOR
ISBN
PÁGINAS
Carlos Lacerda
9786583744234
111
