top of page

A imprensa na década republicana

Brochura

R$ 44,99

Descrição

“A primeira e a mais eficaz garantia da liberdade das urnas é a liber­dade da imprensa, e a imprensa está amordaçada”, afirma o autor, um dos mais importantes e polêmicos jornalistas de sua época.

Monarquista combativo na Primeira República, dos maiores conhecedores da língua portuguesa (chegava a polemizar que Rui Barbosa não conhecia sua língua tão quanto ele), Carlos Maximiniano Pimenta de Laet (1847-1927), foi professor a vida inteira e jornalista incansável. Neste texto, de 1899, publicado pela primeira vez em um livro dedicado exclusivamente a ele (inicialmente, era um capítulo do segundo volume, de oito, da coleção A década republicana), Laet faz uma espécie de recenseamento dos ataques recebidos pelos jornais de oposição pelos governos de Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto e Prudente de Moraes, o primeiro presidente civil. Nesse período conturbado politicamente, não faltaram censura, empastelamento de gráficas, violência e até assassinatos de jornalistas e trabalhadores nas gráficas dos jornais.

A passagem do final do Império para a República foi um período particularmente intenso da imprensa brasileira. Carlos de Laet era colaborador assíduo na maioria deles. Sua longeva coluna Microcosmo, foi publicada por dez no Jornal do Commercio, transferindo-se depois, para O Paiz, dois dos mais influentes jornais da época. Colaborou também com o Jornal do Brasil, o Comércio de São Paulo e Jornal. Dirigiu os veículos monarquistas Tribuna Liberal e Brazil. Uma das passagens mais importantes de A imprensa na década republicana, é o diálogo que ele tem com outro importante jornalista (e político) do período, Quintino Bocaiuva, então um dos homens fortes do governo provisório de Deodoro, levando Bocaiuva a assumir que a censura à imprensa estava em vigor logo nos primeiros dias republicanos.

Esta edição inclui uma conferência dada por Carlos de Laet no Círculo Católico da Mocidade, no Rio de Janeiro, sobre o que ele chama de “a tirania da imprensa”. Nela, o autor toca nas questões ainda vivas mais de 120 anos depois, mormente nas redes sociais, sobre os crimes de injúria e difamação – tão comuns nas páginas do jornais da virada do século XIX para o XX. Sua fala nesse círculo também está repleta do que seus contemporâneos assinalavam com a marca do jornalista: sua natureza polemista, sempre abrilhantada pela ironia. Essas características levaram o historiador da imprensa brasileira Nelson Werneck Sodré a chamá-lo de “argumentador ágil e corrosivo”.  Gilberto Amado dizia que a “sua colaboração para o anedotário nacional é enorme e incomparável”.

Carlos de Laet é fundador da cadeira de número 32 da Academia Brasileira de Letras, da qual foi presidente entre 1919 e 1922. Uma de suas polêmicas mais famosas foi com o escritor português Camilo Castelo Branco. Perseguido pelas forças republicanas, refugiou-se em São João de Rei (MG), onde escreveu seu principal livro, Em Minas.

AUTOR

ISBN

PÁGINAS

Carlos de Laet

9786583744159

117

bottom of page